Uma denúncia anônima levou a Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) a investigar uma mulher de 26 anos suspeita de administrar Rivotril, um medicamento controlado, ao filho de apenas 9 meses. O caso ocorreu na última quarta-feira (5/3) em Patos de Minas, na região do Alto Paranaíba. Após ser ouvida na Delegacia da Polícia Civil, a mãe foi liberada, assim como o pai da criança, que também prestou depoimento.
De acordo com informações da PMMG, uma mulher, que faz tratamento no Centro de Assistência Psicossocial (Caps) e utiliza medicamentos controlados, incluindo o Rivotril, relata estar sob efeito de angústia no momento do ocorrido, decorrente do uso de seus próprios remédios. Ela afirmou que o erro só foi percebido quando os efeitos dos medicamentos diminuíram. Segundo a suspeita, o bebê apresentou febre alta devido a uma gripe e ao nascimento de um dente, o que levou a administrar o medicamento na intenção de aliviar o desconforto da criança.
A mãe, que tem dois filhos — uma menina de 8 anos e o menino de 9 meses, de pais diferentes —, foi informada estar separada do atual companheiro, pai do bebê, após uma recente discussão. O casal não reside mais junto.
Atendimento médico e denúncia
O caso ocorreu à tona após a avó materna levar o bebê à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Patos de Minas na quarta-feira. No local, o médico que atendeu a criança assinou sinais de intoxicação e orientou a transferência para o Hospital Regional de Patos de Minas. Durante o atendimento hospitalar, a avó entrou em contato com a mãe para questionar qual medicamento havia sido administrado ao bebê. Foi então que a mulher revelou ter dado Rivotril ao filho, com o objetivo de fazê-lo dormir. Diante da gravidade da situação, o hospital acionou a Polícia Militar na madrugada de quinta-feira (3/6).
A avó relatou aos policiais que, na tarde de quarta-feira, a mãe deixou o bebê sob seus cuidados, alegando não ter mais condições de cuidar da criança. Inicialmente, a mulher informou à avó que havia administrado apenas cinco gotas de paracetamol, o que manifestou suspeitas após o diagnóstico médico.
Investigação em andamento
A Polícia Civil segue apurando o caso para esclarecer as conclusões do ocorrido e determinar se houve intenção ou negligência por parte da mãe. O estado de saúde do bebê não foi informado pelas autoridades até o momento.
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