Na tarde desta terça-feira, o Centro Cultural de Iporã se transformou em um espaço de acolhimento, conscientização e fortalecimento feminino. A partir das 14h, dezenas de mulheres, senhoras e adolescentes participaram atentamente da palestra do Programa Mulher Segura, uma iniciativa da Polícia Militar do Paraná que busca combater a violência doméstica e orientar as vítimas sobre seus direitos.

O evento foi organizado pela 2ª Companhia do 25º Batalhão da Polícia Militar de Iporã, sob comando do Tenente Francelino, e trouxe como palestrantes o Tenente Alves, que atua diretamente no programa, e a Pscicóloga Dra. Cintia Siquerolo Oselieri, que abordou os aspectos legais da proteção à mulher.

Durante a palestra, foram apresentados dados, relatos e casos reais que escancaram uma realidade ainda presente em muitos lares: a violência doméstica. O Tenente Alves destacou não só os tipos de violência — física, psicológica, moral, patrimonial e sexual — mas, principalmente, como identificá-los, como buscar ajuda e, acima de tudo, a importância de não se calar, falou também sobre os instrumentos legais de proteção às mulheres, como a Lei Maria da Penha, as medidas protetivas e os canais de denúncia, incluindo o 190 da Polícia Militar, o Disque 180 e os atendimentos na Delegacia da Mulher, além de reforçar que a denúncia pode ser feita por qualquer pessoa, não apenas pela vítima.

"A violência não começa com o tapa. Começa com o controle, com a humilhação, com a manipulação. E é aí que precisamos estar atentas e agir", reforçou a Dra. Cintia.

Uma rede de apoio que salva vidas

O Programa Mulher Segura, criado pelo Governo do Paraná, tem como objetivo prevenir e combater a violência contra a mulher através de ações integradas da Polícia Militar, palestras, atendimentos e visitas às vítimas. O programa também busca orientar a comunidade sobre como agir em casos suspeitos e construir uma rede de proteção mais forte e eficiente.

Ao final, muitas participantes relataram que a palestra foi não só esclarecedora, mas também um momento de acolhimento e reflexão. "A gente muitas vezes acha que é só briga de casal, que não deve se meter, mas hoje eu aprendi que, se eu fico quieta, eu também sou parte do problema", contou uma das moradoras presentes.

O Comandante Tenente Francelino reforçou que a Polícia Militar está de portas abertas para atender, acolher e proteger as mulheres. "Nossa missão vai além do policiamento, estamos aqui para salvar vidas, e isso começa com informação e empatia", afirmou.

Onde buscar ajuda

Se você é vítima ou conhece alguém que esteja sofrendo violência doméstica, não se cale. Procure ajuda.
✅ Disque 190 – Polícia Militar
✅ Disque 180 – Central de Atendimento à Mulher
✅ Delegacia da Mulher mais próxima
✅ Ministério Público e Defensoria Pública

Denunciar salva vidas. Violência contra a mulher é crime e não tem desculpa.

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