Segundo a abordagem psicoterapêutica TCC (terapia cognitiva comportamental), um pensamento inicia um sentimento que acarreta um comportamento. Trazendo para um exemplo didático: quando eu penso que vou escrever um texto maravilhoso, ao olhar para o meu notebook sinto satisfação e, consequentemente, consigo escrever de maneira interessante. Porém, o pensamento negativo pode gerar consequências contrárias, geradoras de problemas. Vale pensar, então, um pouco mais sobre os pensamentos!
“O pensar estraga o enxergar”, já diria Fernando Pessoa. Vale ressaltar a compreensão de que pensamentos podem surgir de maneira involuntária, por exemplo, através de crenças instaladas no decorrer de nossas histórias ou até mesmo das induções presentes, como: se eu pedir para você não pensar em um urso branco e reforçar o pedido várias vezes, provavelmente você irá pensar automaticamente, sem qualquer possibilidade de fuga. Sendo assim, quais seriam as alternativas interessantes em saber lidar com pensamentos prejudiciais?
Diferente de outras espécies animais, nós, seres humanos, temos a capacidade de filtrar nossos instintos, entre eles os próprios pensamentos, ao elaborar com outros atributos como: sentimentos, razão, intuição, entre outros. Quando percebemos que um pensamento pode dizer mais a respeito do outro do que sobre nós mesmos, conseguimos minimizar a força e os impactos que ele pode desencadear com um simples gatilho. Para ser didático: quando eu penso que a rodovia é perigosa, posso amplificar e ramificar os pensamentos para outras vertentes, como: está chovendo? O carro está revisado? Vou encarar muito trânsito?
Quando acolhemos nosso pensamento e entendemos que não se trata de um retrato da realidade, diminuímos sentimentos de culpa, ansiedade, medo e conseguimos resgatar o protagonismo de nossa própria vida. “Pensar bem nos faz bem” é o título de um dos livros escrito pelo filósofo brasileiro Mario Sergio Cortella. Entretanto, pensar mal pode ser compreendido como algo natural e inevitável, mas precisamos estar atentos no processo da retroalimentação. Ou seja, além de não alimentar aquilo que nos prejudica, devemos desmistificar ao tornar ausentes forças invisíveis e fantasiosas geradoras de sintomas. Portanto, sente e reflita.
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