A Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (Sesa) confirmou nesta sexta-feira (3) que investiga o primeiro caso suspeito de intoxicação por metanol no estado. O paciente é um homem de 60 anos, morador de Curitiba, que está internado em estado grave após dar entrada em um hospital da capital na quarta-feira (1º).
Segundo a Sesa, o homem foi levado ao hospital após sofrer um atropelamento. Durante o atendimento, ele relatou ter consumido bebida alcoólica destilada. Ainda durante a internação, o quadro clínico dele piorou, e os sintomas apresentados são compatíveis com intoxicação por metanol.
O caso foi oficialmente notificado ao Ministério da Saúde e está sendo acompanhado pelas secretarias Estadual e Municipal de Saúde. O paciente permanece inconsciente e em estado grave, e a confirmação da causa depende do resultado de exames laboratoriais, que ainda não foram concluídos.
“Todos nós temos que ter muito cuidado na ingestão de bebidas alcoólicas, observando os rótulos e a procedência, principalmente quando se trata de bebidas destiladas vendidas em doses ou fora da embalagem original”, alertou o secretário estadual da Saúde, Beto Preto.
Risco silencioso
O metanol é um tipo de álcool altamente tóxico, usado industrialmente como solvente e em combustíveis. Quando ingerido, pode causar danos graves ao organismo, incluindo cegueira, insuficiência renal, falência de órgãos e até a morte.
Nas primeiras horas, os sintomas podem se confundir com os da embriaguez comum. Entre os sinais de alerta estão:
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Dor de cabeça intensa
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Náuseas e vômitos
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Visão embaçada ou perda súbita da visão
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Dor abdominal
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Vertigem e confusão mental
A ingestão de metanol, mesmo em pequenas quantidades, exige atendimento médico imediato. A Sesa orienta que qualquer suspeita de intoxicação seja comunicada ao Centro de Informação e Assistência Toxicológica do Paraná (CIATox).
Situação no Brasil
O caso no Paraná ocorre em meio a uma mobilização nacional para investigar ocorrências semelhantes. Em São Paulo, já foram confirmadas mortes causadas por bebidas adulteradas com metanol, o que levou o Ministério da Saúde a criar uma Sala de Situação para monitorar e coordenar as ações em todo o país.
Até o momento, o Paraná não tinha registros anteriores de intoxicação por metanol relacionados a bebidas adulteradas. A Sesa reforça que o caso ainda é considerado suspeito e que o estado segue em alerta.
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